Nesta sexta-feira (22/10), o SBT exibiu o último capítulo de “As Tontas não vão ao Céu”. A novela da Televisa registrou índices satisfatórios dentro do atual momento da emissora de Silvio Santos.
“As Tontas não vão ao Céu” chegou ao fim com as tradicionais cenas do casamento da mocinha Candy e o galã doutor plástico Santiago. A trama demosntrou a nova fase do canal mexicano. A novela incorporou assuntos sociais. Muitos personagens até ingeriam bebidas alcoólicas. É uma influência nítida da “escola brasileira de dramaturgia”. Isso agrada alguns e desagrada outros que sentem saudades das produções dos anos 80 e 90. Mesmo assim, “As Tontas não vão ao Céu” foi uma atração agradável. Confira os pontos positivos e negativos:
PONTOS POSITIVOS:
- Abordagem sobre a AIDS: a novela foi muito feliz ao abordar a AIDS com a personagem Charles. Esta história paralela, que contou com a namorada Lúcia, surgiu com o melhor desenvolvimento de toda a obra. A trama passou o recado dentro do universo jovem.
- Santiago (Jaime Camil): o personagem passou simpatia e carisma desde o primeiro capítulo.
- Candy: Ela definitivamente não foi uma “Mocinha clássica”. Nos primeiros capítulos, ela se fingiu de morta. Falsificou certidão de óbito e enviou suas cinzas aos familiares, inclusive para sua mãe. Tudo isso para fugir de Patrício que a traiu na véspera e dia do casamento. Mesmo não sofrendo uma pena grave diante da situação (ficou apenas um período afastado do filho Vavá), Candy irradiou garra, determinação e exemplo de boa mãe. E encantou não só Santiago, mas muitos telespectadores.
- Instituto da Beleza Interior: pelo local passaram histórias de vida que se contrapunham ao mundo da cirurgia plástica. Boa sacada.
- Força da família: mesmo com “abrasileiração” das novelas mexicanas, a religiosidade e a idéia da família continuam fortes.
PONTOS NEGATIVOS
- Mudança de visual:Muitos personagens sofreram mudança visual. Jaime Camil, com uma enorme tatuagem no braço, cortou seus “cachinhos”. Reprovado. Já Candy abandonou o visual mais cândido para aparecer como uma “periguete”. Reprovado. Até o tio Manuel tentou abandonar seu visual clássico. Ele usou roupas mais jovens e até tingiu os cabelos. Gogó errou na pintura e o tio de Candy exclamou “virei um RBD!”. Criou juízo e voltou ao seu terno e lencinho.
Excesso de temáticas sociais: Como ocorreu na brasileiríssima “Chamas da Vida”, a produção mexicana abusou das temáticas sociais que surgiram uma atrás da outra sem o devido aprofundamento. Cito algumas delas, além da AIDS: câncer de mama, leucemia, impotência sexual masculina, tráfico de drogas, consumo de drogas, máfia, homossexualidade masculina e feminina (aliás, Manuel e Cecília terminaram sozinhos), erros médicos, entre outros.
Rosinha: Afinal, Rosinha é ou não filha de Santiago? Paulina (a atriz é ótima com seu olhar de víbora, desde “A Mentira”) disse que faria o teste de DNA para comprovar que a menina era filha de Mário. Depois falou que era Santiago o pai. A dúvida pairou no ar.
- Marisa: a atriz Sabine Moussier, que interpretou a vilã da novela, desapareceu do meio para o final. Segundo alguns boatos, ela enfrentou momentos de depressão profunda. Com o afastamento da atriz, a história da personagem ficou “manca”.
Adendo
Patrício sofreu do primeiro ao último capítulo. Caiu nas tramóias de Alice, perdeu a amada Candy, tinha um pai canalha, perdeu Patito e ainda ficou “quebrado” nos últimos capítulos. Oh, coitado!
Por Fabio Maksymczuk
Fonte: Blog Portal da televisão
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